Você não precisa ter um diagnóstico específico para procurar ajuda psicológica.
De forma geral, os psicólogos não trabalham da mesma forma que os médicos e outros profissionais, que costumam se especializar em determinados transtornos ou partes do corpo.
Os psicólogos costumam se subdividir em “abordagens”, como por exemplo, a fenomenológica, a cognitivo comportamental e a minha abordagem, que é a psicanalítica.
Isso quer dizer que se algo te faz sofrer, você pode procurar um psicólogo de confiança sem que ele necessariamente seja especialista no seu problema em específico, desde que ele tenha formação adequada em sua própria abordagem e esteja inscrito no conselho de classe, o CRP.
Na minha abordagem, você pode pedir ajuda em relação a qualquer dilema que venha enfrentando, porque a ideia não é curar uma doença, mas te ajudar a encontrar caminhos e soluções mais “interessantes” e originais.

• Apoio psicológico é um processo que deve envolver transformações importantes. Por isso, a escolha do profissional é algo bastante delicado. Por exemplo: você sabia que existe um trabalho contínuo de formação para que o profissional seja acolhedor, não faça juízo moral e, ao mesmo tempo, consiga te dizer coisas difíceis? O trabalho de formação do psicanalista envolve análise pessoal e supervisão por parte de um outro psicanalista mais experiente e é fundamental para a atuação clínica. Além disso, diante da complexidade do ser humano, é fundamental que o profissional tenha formação teórica robusta. Sem isso, o risco é que ele recorra a respostas “pré-fabricadas” ou estereotipadas, que não te ajudam como deveria, considerando a sua singularidade.

• O formato do acompanhamento psicológico precisa ser pensado individualmente, mas alguns elementos são relativamente comuns: -Num primeiro momento, marca-se uma primeira conversa via Whatsapp. Essa primeira consulta, no meu caso, é cobrada normalmente, pois já é um momento de possível intervenção. Ela pode ser um pouco mais longa que as outras sessões e a partir dela serão feitos alguns combinados, como horário e frequência, além de valor e frequência de pagamento. A forma de pagamento é sempre dinheiro ou pix. - Você informa se pretende fazer o atendimento de forma on-line ou presencial. Se optar por fazer presencial, basta que você esteja no meu consultório no dia e horário combinados. Se optar por fazer on line, precisamos combinar uma plataforma para utilizar (o próprio whatsapp, o Google Meet ou o Zoom, por exemplo). -É necessária uma frequência de encontros mais ou menos estável para que se configure um vínculo entre o psicólogo e a pessoa que o procura. O mais comum é que esses encontros aconteçam semanalmente, mas essa frequência pode variar para mais ou para menos a depender da situação. - A duração média de cada sessão é de 50 minutos. - É possível requerer reembolso de plano de saúde em alguns casos. Vale a pena você conferir isso com seu plano.

• Além dos critérios que proponho para escolha de qualquer profissional de psicologia, independente da idade, sugiro que você veja se: -O profissional possui formação específica para o público infantil - Se o esoaço em que ele atende está adequado para crianças, do ponto de vista de segurança e dos materiais necessários para tal (brinquedos, mesa na altura adequada, pia para lavar as mãos, etc). - O principal, a meu ver, é se o vínculo entre o profissional e seu filho “funciona”. Ou seja, independente do grau de qualificação do profissional, é importante que ele e a criança ou adolescente estabeleçam uma relação de confiança. Isso nem sempre é fácil e é comum que crianças e adolescentes troquem diversas vezes de terapeuta até que encontrem um com o qual consigam estabelecer vínculo.

• A psicanálise pode ser útil até mesmo com bebês (!), mas a forma de abordar a criança é bastante diferente da de um adulto. No caso de bebês, a intervenção tem participação direta dos pais, especialmente do cuidador principal (que com frequência é a mãe) e deve envolver articulação com profissionais de outras áreas. Com crianças que falam e adolescentes, a comunicação se dá através de brincadeiras, jogos, desenhos e outros recursos lúdicos, que permitem que a criança se expresse sem que seja sempre necessário falar diretamente sobre o que pensa ou sente. A intervenção do analista também se dá através do brincar, além de falas pontuais em linguagem acessível à criança.

• Sim. Uma criança ou adolescente não chega sozinha ao psicólogo, ela é trazida por alguém que se preocupou com o que vem acontecendo com ela. É necessário escutar quais as questões que os cuidadores fazem a respeito dessa criança ou adolescente e ajudá-los a pensar porque isso os tocou. Além disso, é comum que a criança tenha queixas um pouco ou totalmente diferentes do que os cuidadores trazem, e é importante conseguir escutar o que a criança apresenta por si mesma. O acompanhamento de uma criança ou adolescente sempre envolve encontrar os cuidadores com certa frequência e dar suporte às suas questões, sempre a partir daquilo que diz respeito à criança e sua história em determinada família e contexto.